Elementos Sentidos

Respire fundo. Sinta a natureza.

Existe alguma maneira de nos conhecermos melhor e de nos relacionarmos de forma íntegra com a natureza? Não fará tudo parte da mesma coisa?

Afinal, nascemos e vivemos neste pontinho azul suspenso na imensidão do universo por alguma razão ou nunca parou para pensar nisso? A noção de pertencer é forte ou passa ao lado?.

Quando digo pertencer, falo mesmo em sentir-se integrado como numa onda a quebrar na areia da praia, para além da análise do fenómeno físico da natureza, do contato da água com a areia, da forte evaporação causada pelos raios solares, sente mais alguma coisa que não consegue exprimir?

Afinal o que nos liga a este mundo?

Quando visitamos um ambiente natural, qual é a nossa postura?

Quando olha para esses locais reconhece-se a si próprio? Ou há algum distanciamento?

Por onde começar...

Em primeiro lugar, a nossa visão superficial das coisas precisa ser ultrapassada, não podemos visitar ou estar em um ambiente natural com ideias ou vontades de apenas fotografar/retirar/despejar qualquer coisa que seja, nesse local/ambiente. Fazemos isso a milénios, está na hora de mudar.

Então, o que podemos fazer? Uma das coisas é despertar a nossa consciência através da REVERÊNCIA, da entrega, do carinho sincero, do silêncio contemplativo e da presença sem racionalizações...

Esta é a proposta, parar a azáfama quotidiana por instantes e absorver o sublime que nos toca!

4 Elementos

O reconhecimento dos elementos essenciais à nossa vida, normalmente é feito de forma racional, mas também pode ser potencializado pelas sensações do nosso corpo, se estimulados para isso.

ÁGUA

Omnipresente, portanto, está praticamente em tudo, direta ou indiretamente, no solo, nos ribeiros, no nosso corpo,  etc.

É o elemento crucial da existência de toda a vida em todos os aspectos, é tão vital e importante que fica difícil falar da vida sem falar da água, seja lá qual for o estado, ela está sempre presente em todos os organismos, vivos ou inanimados, permeia tudo.

O contato é iniciado mesmo antes de nascermos, no aconchego do ventre materno, no flutuar dentro desse espaço líquido que é tão sublime, a simples noção de retorno, mesmo que racionalizado desses momentos, nos eleva a níveis energéticos extremamente relaxantes, proporcionando ao nosso corpo uma paz intensa e duradoura.
O termo "a bebida da vida", só por si já é argumento mais que suficiente para reflexões, esse líquido precioso é tão imprescindível a todas as nossas funções vitais que é inimaginável a própria existência sem ela.
Já imaginou um ambiente natural com uma luxuriante vegetação sem a presença da água? Por mais linda que seja essa paisagem, sem água, parece que falta algo! 

Está também dissolvida no ar que trocamos com o ambiente, através das plantas, animais e solos.

AR

Esse é o primeiro elemento que entra em nosso corpo quando nascemos e o último que nos abandona quando partimos para outros planos de existência. É sem dúvida, aquilo que partilhamos com todos os seres vivos, externa e internamente, um elemento vital omnipresente em todo o planeta. É ele que nos domina, já notou como não conseguimos controlá-lo, não é a toa que a maior parte das filosofias místicas orientais lhes atribui uma mais valia , como sendo uma das formas mais ativas para atingirmos o êxtase, o nirvana, uma das melhores formas de meditação. É só notarmos a sua presença preenchendo o nosso pulmão através da inspiração/ respiração, podemos penetrar num plano totalmente novo. Se tomarmos consciência dessa realidade, nossa vida toma outro rumo, passamos a ver com outros olhos o descortinar da vida. Basta sentir o perfume das flores, o aroma das resinas, o cheiro da terra e somos transportados imediatamente para outros patamares mais elevados, é só nos permitirmos adentrar nesse novo campo que se abre, é uma questão de receptividade/sincronicidade. É incrível como a tomada de consciência da respiração pode provocar tantas alterações, pratique e logo verá!

FOGO

Podemos sentir esse elemento através da sensação de calor proporcionada pela chama de um fósforo, pela labareda no interior de uma salamandra ou no contato direto na lareira/ fogo de chão.

O elemento da conquista humana, nosso companheiro dos primórdios da existência. Este elemento é absorvido por quase todos os sentidos, com exceção do paladar e da audição, todos os outros são postos em alerta. Nossa visão é imediatamente absorvida pela chama, chegando mesmo a hipnotizar, tal é força deste elemento. O tato, o 1º sentido com o qual tomamos um contato mais intenso. Quem na infância não tentou apanhar o fogo com as mãos? Já com o olfato, este elemento desperta uma sensação interiorizada, sentimos o cheiro de um incêndio a distância e logo nossos instintos de sobrevivência são despertados. Este elemento é fonte de atracão, de reunião, de segurança e de sobrevivência, portanto, é algo que nos faz refletir e nos induz a introspecção e nos transmite uma grande paz interior.

TERRA 

Já com este elemento, o simples tocar com dos nossos pés, nesse solo sagrado que é responsável, entre outras coisas, pelo nosso sustento nos relaxa. Experimente, se ainda não o fez, caminhar sobre o solo do campo, sobre a areia da praia, por cima da relva, etc. Pelo menos nas estações da primavera e do verão, para além de só fazer bem para o seu corpo, essa troca de energias corpóreas com as telúricas servem também como uma catarse , além de ser também uma atitude de respeito. É como se estivéssemos a acariciar a pele da nossa mãe. Na verdade somos nós que estamos a ser acariciados, se repararmos bem. O solo quando tocado revela-se receptivo, nos oferecendo sempre o seu calor, a sua fertilidade e os seus frutos; será que temos o direito de maltratá-lo com os nossos dejetos?

Por isso, no mínimo o que podemos fazer, é agradecer-lhe pela sua generosidade, pelo carregar das "nossas baterias", pela sua hospitalidade, por nos permitir construir as nossas moradias, estradas, construções, pontes, em cima das suas costas, sobre a sua pele...

Então, como fazer para ativar/acordar essas sensações?

5 Sentidos

Podemos começar por estimular os nossos 5 sentidos, alguns dos quais podem ser ampliados se fecharmos os olhos. A percepção de alguns destes sentidos, como é óbvio, está dependente do local onde você se encontra no momento desta leitura. Mude de local se for sua vontade.

Vamos começar pela AUDIÇÃO: o assobiar do vento, o bater de uma porta, o cantarolar das aves, a buzina de um automóvel, o zumbido dos insetos, todos esses sons entram pelos nossos ouvidos sem pedir licença...

Já com o OLFATO, ou seja, com o perfume das flores, com o cheiro da maresia ou com o aroma do café torrado, precisamos estar perto para sentir. Tudo nos faz entrar em outros estados de consciência através da ativação da memória olfativa.

O mesmo se passa com o PALADAR, ou seja, a intensidade do sabor de uma fruta, o gosto de um legume, a textura do pão acabado de sair do forno, somos nós que tomamos a iniciativa, portanto, queremos. Nada entra pela boca sem o nosso consentimento.

Com o TATO, basta o simples toque no tronco de uma árvore para sentir a sua rugosidade ou maciez da sua textura, conforme o caso. Pode ainda apanhar um punhado de terra e sentir os grânulos de tamanhos variados e de diferentes durezas. Pode afagar uma folha e percorrer as suas nervuras, etc. Até uma pedra na sua imobilidade aparente, pode nos surpreender com suas saliências, passe a ponta dos dedos lentamente e deixe-se levar pela delicadeza do tato.

E por último temos a VISÃO: observe os encantos da paisagem circundante, repare que cada cor está perfeitamente integrada e absolutamente encaixada no mosaico que se apresenta, tudo está focado, não há interferências, até o degradê é equilibrado.


Com certeza que já tinha se apercebido disso, mas agora se calhar, parou por uns instantes para refletir sobre o assunto.
Essa é a ideia, parar por momentos a nossa azáfama diária.Se conseguirmos interagir com esses elementos através dos nossos sentidos de forma complementar e integrada, creio que estamos no caminho de alcançarmos sensações de bem-estar e de equilíbrio em todas as áreas da nossa vida pessoal, profissional, etc
É claro que numa primeira fase é necessário alguma lógica, somente com o tempo e com a prática é que podemos transcender as palavras e ao pensamento e entrar na área das sensações/sentimentos e navegar no campo das energias sutis/vitais da natureza, passando a senti-las com todo o nosso ser.
Para já, apenas agra"deus"ça!

INTERAÇÃO

E se olharmos para os 4 Elementos Essenciais e os nossos 5 Sentidos com unicidade...

Na verdade, encontram-se dissociados apenas na nossa mente, fomos "treinados" para ver/sentir separadamente. O desafio agora é sincronizar e aglutinar...

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